Sinopse Quando Camille Claudel e Auguste Rodin se conhecem, ela tem apenas vinte anos e ele quarenta e dois. Embora a sua relação se prolongue durante quinze anos, é extraordinário constatar que a sua paixão recíproca não durará senão alguns anos, mesmo se para cada um desses artistas, essa foi uma paixão violenta e fecunda, de duas almas gémeas que sentiam a mesma violenta paixão pela escultura. Camille era também irmã de Paul Claudel, a quem estava ligada desde a infância por um forte laço de cumplicidade, mesmo se sobre ele exercia "um cruel ascendente". À audácia de Camille, que desafia o seu meio social com a relação com Rodin, e a sua paixão pela escultura, Paul opõe a sua conversão ao catolicismo, e consagra a vida ao teatro e à poesia, onde, paradoxalmente, a imagem de Camille está sempre presente. Entre estes dois homens, Camille aparece como a base, a alma, de um triângulo de que o seu irmão Paul seria o espírito, e Rodin, o seu amante, o corpo. Mas entre dois artistas que se dedicam à mesma criação, a paixão é algo de muito difícil de viver e perpetuar, e os complexos laços entre mestre e discípula, a rivalidade artística e o ciúme, vão interferir na relação entre Camille e Rodin. Ao amor intransigente da jovem Camille, Rodin contrapõe uma vida amorosa que se divide entre ela, a amante (Rose Beuret, de quem tem um filho), e as ligações frequentes com modelos e mulheres da vida. Camille toma então a difícil decisão de abandonar Rodin, para definitivamente se afirmar como artista, vivendo só e dedicando-se inteiramente à escultura. Mas essa força interior que lhe permitiu abandonar Rodin, e fazer alguns dos seus melhores trabalhos, acaba por se virar contra si própria, o que leva o seu irmão Paul Claudel a afirmar: "ela tinha apostado tudo em Rodin, e perdeu tudo com ele".
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