SOMOS POETAS DA MORTE
Photo by J'aime l'art et la nature Flora(Josiane Cuppens)
Somos poetas da morte –
ouvimos um desconhecido
chegar só a cavalo
sobre um corcel lendário
e unimo-nos ao som dos que crêem
que ainda têm outro dia
disponível, não o sabem:
a sua vida está racionada.
Falámos da morte
nas montanhas do deserto
mas nunca nos responderam à pergunta
que deixou entrar o inverno cristalizado,
só nos resta isto:
esperar que uma mão desconhecida
nos dispense da nossa obrigação
junto às flores do nosso solo pátrio
e oiçamos dizer:
O seguinte.
Mathías Jóhannessen
Jord ur aegi, 1961
Somos poetas da morte –
ouvimos um desconhecido
chegar só a cavalo
sobre um corcel lendário
e unimo-nos ao som dos que crêem
que ainda têm outro dia
disponível, não o sabem:
a sua vida está racionada.
Falámos da morte
nas montanhas do deserto
mas nunca nos responderam à pergunta
que deixou entrar o inverno cristalizado,
só nos resta isto:
esperar que uma mão desconhecida
nos dispense da nossa obrigação
junto às flores do nosso solo pátrio
e oiçamos dizer:
O seguinte.
Mathías Jóhannessen
Jord ur aegi, 1961
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: poemário; Mathías Jóhanessen
2 Comments:
O seguinte é terrível!
Beijinhos, boa semana presente!
Madalena
Magnífico poeta.
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