5 da manhã
Photo by Emira for Resim & Fotoğraf.
Ás cinco da manhã
refresca, os pássaros deixam de cantar
e a encarniçada luta entre o dia e a noite
cresce, a batalha decisiva é a esta hora
cada manhã, tudo perde
força e morrem
os que esperam a morte em casas
tétricas, um vento fresco percorre os campos
e os prados, cavalos apáticos
vigiam tudo,
como se suspeitassem que é a hora decisiva,
cavalos apáticos e pássaros
deste silêncio opaco, desta
maré fresca matutina aguardam
que a luz saia vencedora
e a noite fria fuja com sapatos obscuros
que a noite se esfume como uma pazada de carvão
no ardente fogo do novo dia
com o sol e a brisa fresca
à vista das aves canoras desta terra
pronta para partir, uma alface num ramo,
cega pela luz da manhã,
há pouca distância entre os marcos
caídos e o tempo respira na margem
e saúda o novo dia azulado
à tua passagem, terra minha.
Mathías Jóhannessen
Tveggja bakka vedur, 1981
Ás cinco da manhã
refresca, os pássaros deixam de cantar
e a encarniçada luta entre o dia e a noite
cresce, a batalha decisiva é a esta hora
cada manhã, tudo perde
força e morrem
os que esperam a morte em casas
tétricas, um vento fresco percorre os campos
e os prados, cavalos apáticos
vigiam tudo,
como se suspeitassem que é a hora decisiva,
cavalos apáticos e pássaros
deste silêncio opaco, desta
maré fresca matutina aguardam
que a luz saia vencedora
e a noite fria fuja com sapatos obscuros
que a noite se esfume como uma pazada de carvão
no ardente fogo do novo dia
com o sol e a brisa fresca
à vista das aves canoras desta terra
pronta para partir, uma alface num ramo,
cega pela luz da manhã,
há pouca distância entre os marcos
caídos e o tempo respira na margem
e saúda o novo dia azulado
à tua passagem, terra minha.
Mathías Jóhannessen
Tveggja bakka vedur, 1981
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: poemário; Mathías Jóhanessen
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