Frederic Chopin: Fantasie Impromptu
Photo by BEAUTIFUL PLANET EARTH
Na luz da alvenaria inscrevo a minha noite,
o brutal soporífero onde já nada se divide
entre semear e colher,
um verso no reverso da existência,
o olhar afastado desse cálice prolixo,
o rosto estarrecido sobre o prato de sopa,
o instante de agonia no instante que passa.
Se me olhasses agora não sei o que verias,
a selva cresceu à minha volta,
andam cães vagabundos a percorrer a treva,
o sol caiu ao mar e não há estrelas,
tu as levaste para os teus cabelos,
o incêndio alastra sobre a cabeça,
as minhas mãos sitiadas aguardam um sinal,
uma palavra atinge-me e atinge-te,
obscuramente não chegas e não chego ao meu destino.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Na luz da alvenaria inscrevo a minha noite,
o brutal soporífero onde já nada se divide
entre semear e colher,
um verso no reverso da existência,
o olhar afastado desse cálice prolixo,
o rosto estarrecido sobre o prato de sopa,
o instante de agonia no instante que passa.
Se me olhasses agora não sei o que verias,
a selva cresceu à minha volta,
andam cães vagabundos a percorrer a treva,
o sol caiu ao mar e não há estrelas,
tu as levaste para os teus cabelos,
o incêndio alastra sobre a cabeça,
as minhas mãos sitiadas aguardam um sinal,
uma palavra atinge-me e atinge-te,
obscuramente não chegas e não chego ao meu destino.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Etiquetas: poemário; Amadeu Baptista
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home