POEMA OCTOGÉSIMO SÉTIMO
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Diz-me se te surpreende que eu diga
que o amor sempre acaba mas que o minuto seguinte
também é tempo do amor; não olhes para o mundo
senão como um espaço de vida, um espaço de alento
para que o amor possa sempre renovar-se, cumprir-se
como um todo. O coração é de todos os lugares,
escriba enamorado do mundo, poeta cuja escrita
dá abrigo à claridade do sangue, ao ritmo do sangue,
pam, pam, pam,
porque o tempo da vida ainda é
menos
do que o menos.
Diz-me se te surpreendem estes versos
que se levantam cedo para contemplar a manhã
dorida, alimentando os pássaros com a luz dos séculos,
essa longínqua luz que arde agora brevemente
nas tuas pupilas. Diz-me, meu amor,
se te surpreendem os meus olhos nos teus olhos,
a minha boca na tua boca
as minhas mãos nas tuas mãos,
a minha vida na tua vida.
Diz-me.
Joaquim Pessoa
(De GUARDAR O FOGO, a publicar)
que o amor sempre acaba mas que o minuto seguinte
também é tempo do amor; não olhes para o mundo
senão como um espaço de vida, um espaço de alento
para que o amor possa sempre renovar-se, cumprir-se
como um todo. O coração é de todos os lugares,
escriba enamorado do mundo, poeta cuja escrita
dá abrigo à claridade do sangue, ao ritmo do sangue,
pam, pam, pam,
porque o tempo da vida ainda é
menos
do que o menos.
Diz-me se te surpreendem estes versos
que se levantam cedo para contemplar a manhã
dorida, alimentando os pássaros com a luz dos séculos,
essa longínqua luz que arde agora brevemente
nas tuas pupilas. Diz-me, meu amor,
se te surpreendem os meus olhos nos teus olhos,
a minha boca na tua boca
as minhas mãos nas tuas mãos,
a minha vida na tua vida.
Diz-me.
Joaquim Pessoa
(De GUARDAR O FOGO, a publicar)
Etiquetas: poemário
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