E O SONO: SÓ MOMENTO
Photo by Resim & Fotoğraf Etiópia, na cratera do vulcão.
Death
thou shalt (not) die
A morte e nunca mais cheiros violentos
ou doces de algodão: gasolina ou chão
de cera fresca, a terra da manhã,
a pele – aquela, ou de pasta de
escola.
A morte e nunca mais o sol feroz
da primavera em fim. O verde tão
fecundo
e desabitual todos os anos. O gesto
humano e brando do amor. Carta de luz.
Olhar que se pendura por varanda
de pássaro minúsculo ou passeios
criando a arte em pedras reduzidas.
E nunca mais os poliedros lisos
dos teus olhos centrando-se nos meus.
A morte e nunca mais – que não está
morta.
Só momentaneamente adormeceu.
Ana Luísa Amaral
in “Às vezes, o Paraíso, 1998.
Etiquetas: poemário
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