«MINHA FILHA OU A CORES»: O OUTRO LADO DO ESPELHO
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E a outra que não tenho, mas podia:
grito de cotovia junto à morte.
Em hemisfério outro,
metáforas seriam só reais:
o silvo da agonia,
peça de jogo nulo sobre a mesa.
«Fios de prata,
cabelos de princesa»
Em hemisfério mesmo (ou mesma rua)
a outra que não tenho. Mas podia.
Palavras humilhadas
onde o tricot de sangue, a prata rota:
«Não minha, mas da outra».
Ligado em culpa, o fio. Pequena pata
nem de cotovia.
Solta -
Ana Luísa Amaral
in "Às vezes, o Paraíso", 1998.
E a outra que não tenho, mas podia:
grito de cotovia junto à morte.
Em hemisfério outro,
metáforas seriam só reais:
o silvo da agonia,
peça de jogo nulo sobre a mesa.
«Fios de prata,
cabelos de princesa»
Em hemisfério mesmo (ou mesma rua)
a outra que não tenho. Mas podia.
Palavras humilhadas
onde o tricot de sangue, a prata rota:
«Não minha, mas da outra».
Ligado em culpa, o fio. Pequena pata
nem de cotovia.
Solta -
Ana Luísa Amaral
in "Às vezes, o Paraíso", 1998.
Etiquetas: poemário
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