ANTI-ROMANCELLO (OU NÃO)
Imagem retirada de Resim & Fotoğraf
Era um rio que eu olhava e que fugia
sempre que a solidão se insinuava.
Era um rio que eu amava
sempre que o coração o entendia.
Era um barco sem vento nesse rio
de velas enfunadas para nada.
De facto navio com sol e albatroz
em cada balaustrada.
Era um cisne sem plumas nesse rio
que canta como pássaro sem voz.
as cada vez que passa em rodopio
de luz
é como se brilhasse para nós.
E era ainda tudo o que não disse,
por ausência de espaço
(ou ausência de espada).
Mas onde o cisne despe o seu cristal,
plumas em riste,
e organiza o luar
em disjunção de mar - ou fio
de badalada
Ana Luísa Amaral
in "Às Vezes, o Paraíso", 1998
Era um rio que eu olhava e que fugia
sempre que a solidão se insinuava.
Era um rio que eu amava
sempre que o coração o entendia.
Era um barco sem vento nesse rio
de velas enfunadas para nada.
De facto navio com sol e albatroz
em cada balaustrada.
Era um cisne sem plumas nesse rio
que canta como pássaro sem voz.
as cada vez que passa em rodopio
de luz
é como se brilhasse para nós.
E era ainda tudo o que não disse,
por ausência de espaço
(ou ausência de espada).
Mas onde o cisne despe o seu cristal,
plumas em riste,
e organiza o luar
em disjunção de mar - ou fio
de badalada
Ana Luísa Amaral
in "Às Vezes, o Paraíso", 1998
Etiquetas: poemário
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