2010-01-29

Rui Veloso na Casa das Artes







Rui Veloso esteve este fim-de-semana em Vila Nova de Famalicão para apresentar, na Casa das Artes, o concerto comemorativo dos seus trinta anos de carreira. A lotação esgotou em ambas as récitas tendo, inicialmente, estado prevista a realização de apenas um espectáculo o qual, mediante a afluência massiva do público, teve de desdobrar-se em duas apresentações.
Na sala, estiveram presentes várias gerações de admiradores do cantor/autor/compositor, que fez jus ao profissionalismo decorrente de trinta anos a pisar os palcos. As melodias, conhecidas de há longa data e, por isso, facilmente identificáveis apesar nos novos arranjos – como é o caso de Bairro do Oriente, que foi precedida de um espectacular prelúdio, cheio de sonoridades árabes, a lembrar os mercados de Marraquexe e outros territórios da milenar rota da seda e das especiarias – fizeram furor.




Canções que evocam, algumas delas, vários aspectos contraditórios da nossa sociedade, e outras de cariz mais romântico, a puxar para a nostalgia ou a exaltar a veia mais apaixonada do Autor. Dentre a assistência, trauteava-se Fui ao baile da paróquia, Já não há canções de amor ou o belíssimo Não me mintas.




Humor e simplicidade são as características que mais se destacam na personalidade de Rui Veloso, não importando se se trata ou não do lado solar de alguém que pisa um palco. O profissionalismo é inquestionável, quando alguém como Rui Veloso consegue trocar uma guitarra avariada a meio de uma canção, sem interromper a performance, como aconteceu ao cantar Porto Covo. Também a generosidade é algo que salta à vista. Rui Veloso gosta de partilhar o triunfo com os colegas da banda, inclusive com os ausentes como Zé Nabo, submetido há poucos dias a uma intervenção cirúrgica.
A recta final do concerto prosseguiu com aquilo a que chamou de “fado à moda do Porto”, ou seja, o Fado do Ladrão Enamorado, Todo o tempo do Mundo e Lado Lunar. Sem esquecer Intervalo (que não houve) e que O prometido é devido.




O concerto teria terminado com o apropriadíssimo Não há estrelas no Céu, se não fosse o público a patear a sala, quase deitando a casa abaixo, a exigir um encore. O cantor regressou, feliz, brindando-nos com aquilo a que chamou de “uma paixão pré-adolescente”, isto é, a temática de O meu primeiro beijo, seguido de A Paixão de Nicolau da Viola, devidamente acompanhada pelo público.




A saída, após o primeiro encore, fez com que a sala em peso aplaudisse de pé, após o que o cantor agradeceu cantando, desta vez, como mensagem de despedida a conter a promessa de um regresso breve, Postal dos Correios.




“…sou capaz de ir aí pelo Natal”.




Cá o esperamos. O prometido é devido…




Cláudia de Sousa Dias

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5 Comments:

Blogger M. said...

Então, linda, como vai isso?
Bjs,
Madalena

2/2/10 3:07 da tarde  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

fixe.

consegui voltar a publicar alguns dos meus artigos no jornal.

o resto cá vai andando, aos bocadinhos reconstrói-se um puszzle feito de estilhaços...


csd

2/2/10 10:17 da tarde  
Blogger M. said...

Isso é excelente, não?
Estilhaços? Bem, boa reconstrução ou renovação ;)
Bjs,
M.

2/2/10 11:14 da tarde  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

obrigada!


um beijinho.

csd

3/2/10 6:59 da tarde  
Blogger Helena Teixeira said...

Olá Claudia!
Rui Veloso não aprecio assim por aí além.
Então e a menina,como anda?
Por aqui,tudo bem,tirando a chuva:(

Passe pela Aldeia amanhã,vai começar a Blogagem de Fevereiro e o desfile de Carnaval de textos.

Jocas gordas
Lena

9/2/10 11:54 da manhã  

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