2010-07-16

Deus, o Verbo e o Homem


Hoje o final da tarde é para fazer o primeiro rascunho do comentário de "As Mãos desaparecidas" de Robert Wilson e retirar mais alguns tópicos ddas primeiras quatro partes do "2666" de Roberto Bolaño.
Dois Robertos que me fazem sentir estar na pele de uma investigadora da PJ...uma posição confortável. Ver tudo. Observar tudo. Até os pensamentos. E permanecer intocável. Deus deve ser assim. Um leitor ou um cientista e estudar, a analisar e a devorar voyeuristicamente o grande livro que é a humanidade. O Leitor tem acesso a tudo, não pode intervir e permanece intocável. As personagens morrem, Ele fecha o livro e continua a contemplação da vida pela Eternidade.
CSD

Etiquetas:

3 Comments:

Anonymous Carlos said...

Esse deus parece-me demasiado humano. Um deus digno desse nome seria omnisciente e não precisaria de procurar e nem estudar. Ou não?

22/7/10 3:12 da tarde  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

eu sou mais helénica do que judaico-cristã embora tenha, felizmente, herdado o humanismo, dessa vertente da nossa civilização.

Mas sou uma cientista social, além de crítica literária. Para mim o homem inventa os deuses à sua imagem e semelhança e molda aas religiões consoante a sociedade que pretende ocnstruir na sua tentativa de adaptação ao meio~. As religiões - e aqui coloco-me mais na posição de antropóloga do que socióloga - são a forma de normalizar uma sociedade de forma a que esta se adapte ao meio.

se houver uma entidade superior que governe o cosmos será algo supra quaisquer religião que exista, limitando-se a observar a humanidade ao micóscópio como se fosse um vírus. Ou nem isso face à insignificância que somos perante a dimensão do Universo. se nós desaparecermos ele continuará a existir. Não duvido disso nem por um segundo.

22/7/10 6:23 da tarde  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

errata: "quaiquer religiões" - erro de concordância de número.

22/7/10 6:25 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home