VIERGE MODERNE
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Não sou uma mulher. Sou um ser neutro.
Sou uma criança, um pagem e uma audaz decisão,
sou um raio ridente de um som escarlate...
Sou uma rede para todos os peixes glutões,
sou um brinde em honra de todas as mulheres,
sou um passo para a casualidade e a perdição,
sou um salto na liberdade e no eu...
Sou o murmúrio do sangue no ouvido do homem,
sou o arrepio da alma, nostalgia e negação da carne,
sou um letreiro que anuncia a entrada para novos paraísos.
Sou uma chama, inquisitiva e intrépida,
sou uma água, profundo até aos joelhos mas audaz,
sou fogo e água em união sincera sem condições...
Edith Södergran
Dikter, 1916
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: Poemário; Edith Södergran
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