CATIVEIRO
photo by I dream of Lebanon
Cativa, cativa... quero fazer em pedaços as minhas cadeias.
Com lábios dolorosamente raivosos passo pela vida.
Meus abismos, por que pergunto por vós, vós não mereceis
esse nome.
O bronze funde-se com o bronze e faz-se homem,
e o homem tem ferro no seu coração.
Mas acaso o bronze recebeu esse brilho aterrador na seu rosto
do deus dos raios?
Arrasto o meu coração pelo caminho, que o repartam os abutres -
a lua cheia ilumina-me um novo.
Edith Södergran
Landet som icke ar, 1925
Cativa, cativa... quero fazer em pedaços as minhas cadeias.
Com lábios dolorosamente raivosos passo pela vida.
Meus abismos, por que pergunto por vós, vós não mereceis
esse nome.
O bronze funde-se com o bronze e faz-se homem,
e o homem tem ferro no seu coração.
Mas acaso o bronze recebeu esse brilho aterrador na seu rosto
do deus dos raios?
Arrasto o meu coração pelo caminho, que o repartam os abutres -
a lua cheia ilumina-me um novo.
Edith Södergran
Landet som icke ar, 1925
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: Poemário; Edith Södergran
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