A IRMÃ DA VIDA
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A vida a quem mais se parece é à morte, sua irmã.
A morte não é diferente,
podes acaricia-la e tomá-la na mão e pentear os seus cabelos,
ela entregar-te-á uma flor e sorrirá.
Podes poisar o rosto no seu peito
e ouvi-la dizer: é hora de partir.
Ela não te dirá que é outra.
A morte não jaz verde e branca com o rosto no chão
nem de costas sobre uma camilha branca:
a morte passeia-se com faces rosadas e fala com todos.
A morte tem expressões delicadas e faces pias,
sobre o teu coração coloca a sua mão suave.
O que sentiu essa mão suave mão no coração,
a esse não o aquece o sol,
é frio como o gelo e não ama ninguém.
Edith Södergran
Dikter, 1916
A vida a quem mais se parece é à morte, sua irmã.
A morte não é diferente,
podes acaricia-la e tomá-la na mão e pentear os seus cabelos,
ela entregar-te-á uma flor e sorrirá.
Podes poisar o rosto no seu peito
e ouvi-la dizer: é hora de partir.
Ela não te dirá que é outra.
A morte não jaz verde e branca com o rosto no chão
nem de costas sobre uma camilha branca:
a morte passeia-se com faces rosadas e fala com todos.
A morte tem expressões delicadas e faces pias,
sobre o teu coração coloca a sua mão suave.
O que sentiu essa mão suave mão no coração,
a esse não o aquece o sol,
é frio como o gelo e não ama ninguém.
Edith Södergran
Dikter, 1916
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: Poemário; Edith Södergran
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