QUASE ESTUDO DE POESIA
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Em relação a isso,
temos dito:
um elefante azul,
um pássaro de penas tão brilhantes
que a prata: imitação
E a solidão
a invadir os nervos todos
desta mão
direita. A minha mão.
Sobretudo polegar
e indicador,
no sítio em convergência
de caneta
Em relação a isso,
não dissemos: um elefante,
por mais que seja azul,
pode não ser poeta
Numa gaveta,
o resto: avesso a solidão.
Mas célula tão velha
que a unha se desprende
e cai no chão
Em relação a isso,
faltará dizer:
o ponto mais fulcral
da convergência
não pode ser ciência.
É ser
Ana Luísa Amaral
in "E muitos os Caminhos", 1995.
Etiquetas: poemário
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