2013-09-14

Jón úr Vör, 5

GAIVOTA DE INVERNO


O mar guarda o meu canto,
igual aos demais
segredos seus,
num silêncio hermético.


No seu olho vivaz
eu criança, vigilante,
procuro uma
e outra
concha maravilhosa
e frágil.


E vejo ainda
as asas estendidas
da gaivota de inverno
sobre a onda que cai.


Jón úr Vör,
Vetrarmávar, 1960

(Tradução de Amadeu Baptista)

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