Giuseppe Verdi: Coro dos Escravos Hebreus, de Nabucco
Photo by Rob Fuldner for Green Renaissance.
Mais amplamente, nós, os escravos, representamos
os que estão encarcerados
mas podem usufruir de um livro para cantar.
A luz sobre o proscénio não só nos ilumina
como suavemente alastra para a estrela que se ergue
sobre as nossas cabeças, a nossa ansiedade.
Onde quer que se encontre a nossa alma,
onde estiver a forja em que o nosso encantamento se projecta,
onde alguma vez se reunirem as sombras
dos inóspitos símbolos de que formos,
ainda que invisível,
ainda que inaudível.
há-de estar esse grito,
nítido e legível.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Etiquetas: poemário; Amadeu Baptista
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