BARCO NOCTURNO
Photo by Erkan Torunn by Resim & Fotoğraf.
Os corredores vazios.
Só está acesa a lâmpada da mesa.
O hospital como um barco
que navega por águas perigosas.
E os passageiros angustiosamente despertos.
Atentos aos ruídos de fora,
algum tremor no enorme casco do barco,
um grito que nunca chega.
Finalmente o grito volta-se
para os signos de sonho do céu
representados, imagem após imagem,
por anjos negros como a noite que abrem
os abismos com as suas chaves celestes.
E calada, uma enfermeira acerca-se com passo rápido
de alguém que se queixa a dormir.
O barco inclina-se para uma noite ainda mais profunda.
Gunvor Hofmo
Gjest på jorden, 1971
Tradução de Amadeu Baptista
Os corredores vazios.
Só está acesa a lâmpada da mesa.
O hospital como um barco
que navega por águas perigosas.
E os passageiros angustiosamente despertos.
Atentos aos ruídos de fora,
algum tremor no enorme casco do barco,
um grito que nunca chega.
Finalmente o grito volta-se
para os signos de sonho do céu
representados, imagem após imagem,
por anjos negros como a noite que abrem
os abismos com as suas chaves celestes.
E calada, uma enfermeira acerca-se com passo rápido
de alguém que se queixa a dormir.
O barco inclina-se para uma noite ainda mais profunda.
Gunvor Hofmo
Gjest på jorden, 1971
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: Gunvor Hofmo, poemário
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