BALADA 1952
Photo by João Braz.
I
O teu sexo é vermelho escuro
E húmido como carne de fruta
E o negro bosque que o cobre
Ondeia quando sopro
Ali no mais profundo há uma maçã de inverno
Viscosa como após a chuva
E sobre o teu rosto deslizam
As sombras das asas de sete pássaros
Uma perna sobre as minhas costas
Um mão nos meus testículos
E a tua boca abre-se como uma amêijoa
E sinto-me seguro
II
E tu dormes
Com os olhos semi-fechados e os reclames luminosos
Pintam diabos nas paredes
É em Paris ou em Roma
Ou Salzburgo ou
O mundo está demasiadamente connosco
Nós estamos junto
Amanhã vamos a
O teu pé sobre a minha boca
O teu alento sobre o meu pé
III
E amanhã acordamos
Um assobio da rua
No ouvido protesta a bigorna
E tu lavas-te atrás da cortina
E quando saímos vencemos
Lars Forssel
En kärleksdikt, 1960
Tradução de Amadeu Baptista
I
O teu sexo é vermelho escuro
E húmido como carne de fruta
E o negro bosque que o cobre
Ondeia quando sopro
Ali no mais profundo há uma maçã de inverno
Viscosa como após a chuva
E sobre o teu rosto deslizam
As sombras das asas de sete pássaros
Uma perna sobre as minhas costas
Um mão nos meus testículos
E a tua boca abre-se como uma amêijoa
E sinto-me seguro
II
E tu dormes
Com os olhos semi-fechados e os reclames luminosos
Pintam diabos nas paredes
É em Paris ou em Roma
Ou Salzburgo ou
O mundo está demasiadamente connosco
Nós estamos junto
Amanhã vamos a
O teu pé sobre a minha boca
O teu alento sobre o meu pé
III
E amanhã acordamos
Um assobio da rua
No ouvido protesta a bigorna
E tu lavas-te atrás da cortina
E quando saímos vencemos
Lars Forssel
En kärleksdikt, 1960
Tradução de Amadeu Baptista
Etiquetas: poemário; Lars Forssel
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