2012-04-15

PRESTÍGIO, LUZES, PODERES (3 POEMAS) poema3. PODERES




































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O tecto desigual
reflectindo nada: nem palavras
nem imagens

Como o olhar
que transformava cadeiras
em girassóis: decalque de madeira
agora

Perdeu-se bruxaria
sortilégio
o pó engoliu livros

Só o estuque do tecto
se mantém igual
embora liso

Ana Luísa Amaral
in "Às Vezes o Paraíso", 1998

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