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É esta a razão: é transparente como eu e tu, quando nos encontramos e, também, quando nos perdemos. não. o perder não é de nós. é dos outros.
É assim, transparente, porque a procurei assim, exactamente igual aos teus sonhos sem nevoeiro. Aqueles, onde há crianças e sons cristalinos, tão limpos e cheios como casas ao domingo.
Lá dentro, encontras uma mesa infinita, sorrisos ternos, olhares de espanto e espanta-espíritos coloridos. encontras livros, árvores, memórias sem mágoa, um mar imenso. Eu sei que sabes.
E tem uma tampa, para que o aroma e os sabores não percam intensidade.
Lá dentro, como podes ver de qualquer ângulo, tem, ainda tudo que te possa fazer feliz. Música, um arco íris, palavras e almendrados. Um gato? Claro que tem um gato. Vê bem. Tem quadros, cartas e até um cais. O de sempre. Porque se gostas de partir - e eu sei que gostas – tens no regresso a tua autenticidade. Essa coisa de pertencer a um lugar. Um dia, a um coração ou a qualquer vento que te chame.
Se olhares com atenção vês, ainda, uma estrela, a infância, t-shirts puídas, uma bola azul, filmes por ver. Uma manta e um sofá. Coisas simples que te dão chão.
É por isso que é transparente. Para veres tudo. Intacto e sereno. Como gostas.
lá dentro, só não encontras o bem que te quero, porque o bem que te quero não cabe em nenhuma parte do mundo, nem sequer no mundo inteiro.
Marta Vaz
É assim, transparente, porque a procurei assim, exactamente igual aos teus sonhos sem nevoeiro. Aqueles, onde há crianças e sons cristalinos, tão limpos e cheios como casas ao domingo.
Lá dentro, encontras uma mesa infinita, sorrisos ternos, olhares de espanto e espanta-espíritos coloridos. encontras livros, árvores, memórias sem mágoa, um mar imenso. Eu sei que sabes.
E tem uma tampa, para que o aroma e os sabores não percam intensidade.
Lá dentro, como podes ver de qualquer ângulo, tem, ainda tudo que te possa fazer feliz. Música, um arco íris, palavras e almendrados. Um gato? Claro que tem um gato. Vê bem. Tem quadros, cartas e até um cais. O de sempre. Porque se gostas de partir - e eu sei que gostas – tens no regresso a tua autenticidade. Essa coisa de pertencer a um lugar. Um dia, a um coração ou a qualquer vento que te chame.
Se olhares com atenção vês, ainda, uma estrela, a infância, t-shirts puídas, uma bola azul, filmes por ver. Uma manta e um sofá. Coisas simples que te dão chão.
É por isso que é transparente. Para veres tudo. Intacto e sereno. Como gostas.
lá dentro, só não encontras o bem que te quero, porque o bem que te quero não cabe em nenhuma parte do mundo, nem sequer no mundo inteiro.
Marta Vaz
Etiquetas: poemário
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