OUTRA VEZ CONTOS sEM FADAS
Photo conseguida através de Isabela Figueiredo e retirada do mural de Dora Martinez Pinto
O vidro atrás de mim
dá-me ligeira imagem
desfocada.
Da mesma forma,
o espelho
à minha frente
Rainha-Má de nada,
Madrasta ausente
de poemas
sérios
Só um conto de fadas
adejando
por olhos
descendentes.
A questão "Vidro meu..."
[o resto igual],
uma resposta côncava
de luz: Nem Bem
nem Mal.
Só o capuz tombando
na cabeça
ao som de adufes. Pandeiretas
mansas.
(E as picaretas dos anões
que não).
Na floresta final,
há outra, a que é mais bela?
A outra - igual:
adormecida
a meio do lobo
e eu
Ana Luísa Amaral
in "E muitos os Caminhos", 1995
Etiquetas: poemário
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