POEMA OCTAGÉSIMO
Photo by Joaquim Nogueira
Frágeis como os ossos de um cristal,
os meus pensamentos aninham-se na noite
para construir o poema. A minha dor branca prefere
a luz que prenuncia a madrugada, luz bailarina
que me ilumina a pele molhada de alegria
sempre que faço em ti o trabalho doce da abelha
e me deito sobre o teu corpo para provar da vida
o melhor de todos os néctares, o mais completo
dos versos que o teu sangue me dá. Escrevo-te
com o corpo. Quero ganhar o nobel da ternura.
Joaquim Pessoa
(Do livro inédito, GUARDAR O FOGO)
Etiquetas: poemário
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home