A GRANDE COLHEITA
Photo by Miguel Gonçalves
Na casa, o fogo faz arder portas falsas.
É deus Polar, vertical como os meridianos,
e com os cimos em cruz na flor da azinheira, ergue-se
diante do Cruzeiro com o Hissope nas mãos.
Brota na torrente a cauda de um cometa,
pela encosta abaixo, saltando sem barulho,
enquanto os palheiros, em branco ou em maquette
enchem a Carroça grande ou a mais Pequena
Fundem-se pouco a pouco na dôr,
a água é um bosque ainda não consumido,
com flocos de casa no ar puro.
Sobre a folhagem luz a serrania,
arde nas rochas a água prateada,
suspenso no céu o fundo obscuro.
É deus Polar, vertical como os meridianos,
e com os cimos em cruz na flor da azinheira, ergue-se
diante do Cruzeiro com o Hissope nas mãos.
Brota na torrente a cauda de um cometa,
pela encosta abaixo, saltando sem barulho,
enquanto os palheiros, em branco ou em maquette
enchem a Carroça grande ou a mais Pequena
Fundem-se pouco a pouco na dôr,
a água é um bosque ainda não consumido,
com flocos de casa no ar puro.
Sobre a folhagem luz a serrania,
arde nas rochas a água prateada,
suspenso no céu o fundo obscuro.
Yvette K. Centeno
Etiquetas: poemário
2 Comments:
Na verdade o país está a ser suicidado
às escuras
eu diria, às cegas, como dizia o Saramago...
csd
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