Ludwig van Beethoven: Adagio, da Sonata Patética
Photo by Isabel Victor
Ludwig van Beethoven: Adagio, da Sonata Patética
Passa a mulher vestida de branco e o sortilégio avança.
Uma sirene rebenta no espaço
e os homens acercam-se do que é ilimitado
junto às coisas inúmeras do destino.
À sombra dos guindastes há um titã parado.
E alguém ronda o espaço do inefável
quando os sentidos alertam para o trânsito
de guelfos e sereias que no tempo
alguma vez se perderam e perdendo-se se encontram.
A ponte pênsil não é mais que um caminho
possível entre o mistério que há no cais
onde um olhar devastador alastra
entre as promessas que os navios trazem.
Aí estão aqueles que padecem
de um sonho oculto, fugitivo e grave.
E o que amplia ainda este mistério
é essa mulher que no sortilégio avança
rente à tristeza que se cumpre e em si se deslumbra.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Ludwig van Beethoven: Adagio, da Sonata Patética
Passa a mulher vestida de branco e o sortilégio avança.
Uma sirene rebenta no espaço
e os homens acercam-se do que é ilimitado
junto às coisas inúmeras do destino.
À sombra dos guindastes há um titã parado.
E alguém ronda o espaço do inefável
quando os sentidos alertam para o trânsito
de guelfos e sereias que no tempo
alguma vez se perderam e perdendo-se se encontram.
A ponte pênsil não é mais que um caminho
possível entre o mistério que há no cais
onde um olhar devastador alastra
entre as promessas que os navios trazem.
Aí estão aqueles que padecem
de um sonho oculto, fugitivo e grave.
E o que amplia ainda este mistério
é essa mulher que no sortilégio avança
rente à tristeza que se cumpre e em si se deslumbra.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Etiquetas: poem
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