ALLEGRO
Photo by Resim & Fotoğraf
Após um dia negro toco Haydn
e sinto um humilde calor nas mãos.
As teclas obedecem. Golpeiam doces martelos.
O acorde é verde, vivo e sereno.
O acorde diz que a liberdade existe
e que alguém não paga imposto a César.
Meto as mãos nas algibeiras haydn
e imito alguém que contempla o mundo com serenidade.
Faço bandeira de haydn – isso quer dizer
«Não nos rendemos. Mas queremos paz.»
A música é um edifício de cristal na encosta
onde voam as pedras, as pedras giram.
E as pedras atravessam a casa rolando
mas todos os vidros permanecem intactos.
Thomas Trantrömer
Den halvfädiga himlen, 1962
Após um dia negro toco Haydn
e sinto um humilde calor nas mãos.
As teclas obedecem. Golpeiam doces martelos.
O acorde é verde, vivo e sereno.
O acorde diz que a liberdade existe
e que alguém não paga imposto a César.
Meto as mãos nas algibeiras haydn
e imito alguém que contempla o mundo com serenidade.
Faço bandeira de haydn – isso quer dizer
«Não nos rendemos. Mas queremos paz.»
A música é um edifício de cristal na encosta
onde voam as pedras, as pedras giram.
E as pedras atravessam a casa rolando
mas todos os vidros permanecem intactos.
Thomas Trantrömer
Den halvfädiga himlen, 1962
Etiquetas: Poemário; Thomas Tranströmer
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