DISCRETA ARTE
prazer de dispor quadros por paredes
em critério de escolha pessoal.
Discretamente: aqui uma pequena
haste a lembrar o sol, ali a folha
resolvendo o lugar, o espaço certo
(ligeiro afastamento necessário
para o conjunto articulado em cores).
O quadro mais azul naquele sítio,
o mais cinzento e largo a distrair-se
sobre a nudez de uma parede clara.
Discretamente. E a palavra nascida
de tela (ou terra) resolvida. Agora.
ANA LUÍSA AMARAL in "Minha Senhora de Quê", 1990.
Etiquetas: poemário
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