Silêncio ao Pôr-do-sol
de cada vez que uma porta se fecha fica mais nu o dia do pão triste sobre a mesa . como se andar aqui fosse a morte iluminada de uma veneza sem sombras. animal outonal na passagem de todas as pontes para o poente. rastilho de pinheiros magros no ensaio de uma terra abandonada. brisa que passa aveludadamente antiga de gestos e de canduras e de significados que só eu sei e que não iludo. a cada instante anoitece a conversa pacificadora dos anjos que enfim são estrondo e abandono._______________e é sobre a máscara dos náufragos que escrevo a assiduidade do silêncio. porque de cada vez que se fecha uma porta abre-se o ângulo da lavoura onde me desisto.
Isabel Mendes Ferreira
Isabel Mendes Ferreira
Etiquetas: poemário
2 Comments:
a maravilha do teu bom gosto ! legente! Obrgada por me juntares assim. Mt!
De nada. É mais do que merecido.Um beijo.
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