TUDO CONTINUA
Photo by Project Noah
Aí se erguia uma parede em que toquei.
A parede foi demolida. O entulho
Serviu mais adiante de fundamento.
Uma árvore plantei no meu jardim.
Que foi asfaltado. A cinco metros
De fundo, a raiz contém-se, amuada.
Meio milénio se preciso. Um dia
Chega a Marte a pneumónica porque tossi.
Houve um amigo a quem escrevia,
Uma rocha onde gravei o meu nome.
Somos parte de tudo enquanto vivemos
E tudo continua quando morremos.
Gerrit Komrij
(de: Luchtspiegelingen [Miragens], 2001)»
Aí se erguia uma parede em que toquei.
A parede foi demolida. O entulho
Serviu mais adiante de fundamento.
Uma árvore plantei no meu jardim.
Que foi asfaltado. A cinco metros
De fundo, a raiz contém-se, amuada.
Meio milénio se preciso. Um dia
Chega a Marte a pneumónica porque tossi.
Houve um amigo a quem escrevia,
Uma rocha onde gravei o meu nome.
Somos parte de tudo enquanto vivemos
E tudo continua quando morremos.
Gerrit Komrij
(de: Luchtspiegelingen [Miragens], 2001)»
Etiquetas: Poemário; Gerrit Komrij
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